Lide | Nariz de Cera
- manualderedacaoufrj
- 18 de dez. de 2019
- 3 min de leitura
NARIZ DE CERA
Apresentação de uma notícia com ambientação excessiva;
Juízo de valor do jornalista;
Influência literária;
O início da reportagem poderia ser um comentário, uma opinião, ou uma mistura de informação e subjetividade, enquanto o acontecimento principal era deixado para o final.
Diário Carioca
1928




TRANSIÇÃO PARA O LIDE
Anos 50
Condições macro-estruturais para a superação do jornalismo literário no Brasil:
industrialização
crescimento econômico e demográfico
letramento da população
Profissionalização da carreira de jornalista
Sistematização da linguagem jornalística
Modo de vida mais acelerado
O lide/lead é o primeiro parágrafo de um texto jornalístico. É ele quem vai resumir o restante do texto.
Um bom lide precisa ser objetivo, direto e claro. Como ele se localiza no início, deve ser atrativo para o leitor.
PERGUNTAS-CHAVE
Who? > Quem?
What? > O que?
Where? > Onde?
When? > Quando?
Why? > Por quê?
How? > Como?
EXEMPLO: As mulheres se envolvem cada vez mais no tráfico e uso de cocaína e crack em São Paulo. Os dados, divulgados ontem pela polícia paulista, revelam que, das 980 pessoas presas em flagrante no ano passado, 229 eram mulheres. "Elas começam a fumar crack ou a cheirar cocaína em festas com os amigos ou namorados", revelou o delegado Fernando Vilhena. "Quando o fornecedor desaparece, passam a roubar e a fazer de tudo para conseguir a droga”. (Por Manual de Redação do Estadão).
Quando? Atualmente.
O que? As mulheres se envolvem cada vez mais no tráfico e uso de cocaína e crack.
Quem? As mulheres.
Por quê? Pois os fornecedores desaparecem.
Onde? Em São Paulo.
Como? Começando a fumar ou cheirar com os amigos.

RELEASE > LIDE
Release
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu um homem conduzindo uma motocicleta adulterada na rodovia Presidente Dutra (BR-116), no município de Barra Mansa, no Sul Fluminense. O caso aconteceu na tarde de sábado (21). Um homem foi preso.
Policiais rodoviários federais faziam blitz, no km 270 da via Dutra, quando abordaram uma motocicleta que possuía uma placa "artesanal".
Durante fiscalização, os agentes constataram que o chassi e a numeração do motor da motocicleta apresentavam indícios de adulteração.
A ocorrência foi encaminhada para 90ª DP (Barra Mansa).
Acesse agência PRF: https://wp.me/p9NbQv-hfb
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
Assessoria de Comunicação - RJ
imprensa.rj@prf.gov.br
Lide
Um homem foi preso na tarde deste sábado durante uma blitz realizada por agentes da Polícia Rodoviária Federal na rodovia Presidente Dutra, no município de Barra Mansa. De acordo com a corporação, o suspeito conduzia uma motocicleta adulterada. (Para Manual de Redação, ECO-UFRJ. 21/11/2019).
TIPOS
Feijão com arroz - É o lide clássico. Responde as principais perguntas do texto: o que, quem, quando, onde, como e por quê.
FLAMENGO ANUNCIA DETALHES DA VENDA DE INGRESSOS PARA A FINAL DA LIBERTADORES - Por GloboEsporte.com – 29/10/2019
O flamengo divulgou nesta terça-feira, após reunião na Gávea, os detalhes da venda de ingressos para a final da Libertadores. A comercialização das entradas para o duelo com o River Plate, no próximo dia 23 de novembro, em Santiago, será exclusiva para sócios-torcedores do Rubro-Negro, e começará nesta quarta-feira.
Frase de Efeito/Frase Âncora - Possui uma frase marcante que chame a atenção do leitor.
BOLSONARO DIZ QUE WITZEL “USA A POLÍCIA CIVIL DO RIO” PARA DESTRUIR SUA FAMÍLIA - Por Maurício Ferreira, poder 360 - 21/11/2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta 5ª feira que o governador do Rio, Wilson Witzel(PSC), “botou na cabeça que tinha que destruir a família Bolsonaro”. Para isso, disse o presidente, “usa a Polícia Civil” do Estado para vinculá-lo ao assassinato da vereadora Marielle Franco(PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes.
Cena - Procura colocar o leitor no cenário da notícia
HISTÓRIA, VOLVER: O 31 DE MARÇO, O GOLPE MILITAR E A NOSTALGIA DA DIREITA - Por Fábio Victor, Revista Piauí. Edição 150| Março 2019.
Diante do Ministério da Defesa, em Brasília, Jair Bolsonaro ergue o braço direito e dispara um rojão. De terno escuro, aproxima-se da câmera e, em tom solene, afirma: “Trinta e um de Março de 1964. Data da segunda independência do Brasil.” Atrás dele, vê-se uma grande faixa amarela na qual está escrito: “Parabéns Militares – 31/março/64 – Graças a vocês o Brasil não é Cuba” – essa última palavra está em vermelho. Dois homens seguram a faixa, um deles é seu filho Eduardo Bolsonaro. Não se vê mais ninguém no desolado canteiro da Esplanada dos Ministérios onde o então deputado federal resolveu fazer seu pronunciamento. [...].
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